terça-feira, 2 de junho de 2009

IGREJA versus CAMISINHA









O assunto principal do Comsensual é o sexo. E haja discussões acaloradas sobre ele! Uma das mais extensas e críticas é a que cerca a Igreja Católica.
Historicamente esta religião cristã sempre viu no ato sexual uma forma concreta da plenitude do amor entre duas pessoas. E a frase “Até que a morte os separe” virou o grande lema para que esta instituição argumente contra o uso do sexo apenas como caminho da busca pelo prazer.
São vários os exemplos de embates. Mesmo com as mazelas que o sexo inseguro traz ao ser humano, e a Aids é a mais impactante - só no Brasil, cerca de 25 mil pessoas são infectadas todos os anos -
, a Igreja Católica luta contra o uso da camisinha, a grande “descoberta” do homem na luta contra as doenças sexualmente transmissíveis (DST’s).
Para a instituição religiosa, a maneira mais correta de se combater a Aids e as DST's é a abstinência sexual, ou seja, dosar a quantidade, a hora exata (só depois do casamento) e a qualidade das relações
Outro “ringue” é quanto o preconceito contra a parcela da população homossexual, bissexual e afins. Sabe-se que é um preconceito velado porque nunca se viu um Papa, nos encontros tradicionais de Domingo de manhã na Praça São Pedro, no Vaticano, proferir palavras contra estas opções sexuais.
Existem diversos outros exemplos, mas este post vai se concentrar na questão da camisinha. E para isso foram colocados, frente a frente, as duas partes envolvidas. De um lado, a Igreja Católica representada pelo padre Sérgio Carmona. Do outro, Isaura Maria da Silva, assistente social.
De acordo com Isaura, que é católica, o que a igreja precisa entender é que o sexo é questão de saúde pública, e como tal, deve ser tratado com o máximo de segurança. “Não tem como a gente evitar as doenças se não tivermos a camisinha. Existe um uso indevido do sexo que não tem como restaurar, isso é verdade: apenas na busca de prazer, sem compromisso. Então precisamos atacar a prevenção”, disse a assistente social.
Porém, segundo Carmona, a vontade de Deus não é respeitada. “É necessário entender que Deus não quer o mal de seus filhos. Tudo o que nos acomete de ruim é conseqüência de nossas próprias ações. Se a humanidade sofre com as doenças do sexo, então o que deve ser feito é cada um parar, pensar e voltar sua atenção a Deus. A partir daí o mau uso das relações carnais serão, aos poucos, deixadas de lado”, explica o padre.
Mas esta discussão não terá fim. Cada lado sempre terá argumentos. O que resta a toda a pessoa é refletir sobre todos os pontos. A segurança e qualidade de vida, neste caso, são conceitos relevantes.


texto e imagens por Matheus

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